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Elisa Lucinda narrou
histórias de sua vida cotidiana pautada, em especial, na luta contra o racismo
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Poesia, música e bom
humor deram o tom da conversa com poetisa, jornalista, cantora e atriz Elisa
Lucinda em sua conferência "A palavra é poder", realizada na noite
desta terça-feira (14), no Anfiteatro Beto Bittencourt, na Praia Grande.
A palestra integra a
programação da 11ª Feira do Livro de São Luís (FeliS) promovida pela Prefeitura
de São Luís, com o apoio do Governo do Estado.
Nascida em Vitória
(ES), a atriz e escritora, Lucinda narrou várias histórias de sua vida - uma
crônica do seu cotidiano pautada, em especial, na luta contra o racismo - e
'ensinou', de forma didática, o poder da palavra.
"Com ela (a
palavra) podemos desconstruir ou respeitar o cidadão. A palavra é lâmina. É
jogo perdido ou jogo ganho. Eu estou aqui por causa dela", enfatizou ao
anunciar que em abril de 2018 volta a São Luís para ministrar uma oficina de
'Poesia Falada': "Aqui eu me reconheço. Eu amo o Maranhão", disse a
artista.
Lucinda discorreu ainda
sobre o projeto "Versos de Liberdade: cuidando de quem cuida para
transformar o futuro de todos e todas", que contempla socioeducadores e
jovens em cumprimento de medidas. "A maior revolução que podemos realizar
no Brasil, é a educacional. Não precisamos construir mais presídios",
defendeu ao enfatizar que a falta de educação é um túnel para o mundo do crime.
Lucinda também mostrou
todo o seu talento de atriz multifacetada ao cantar a capela a música
"Palavras ao vento" dos cantores e compositores Marisa Monte e Moraes
Moreira para ratificar e corroborar o seu discurso do poder palavra: "Ando
por aí querendo te encontrar, em cada esquina paro em cada olhar, Que o nosso
amor pra sempre viva, palavras apenas, palavras pequenas", palavras que
ecoaram em coro uníssono dos presentes, que entenderam o "recado" da
atriz: "não dá para mudar o começo. Se a gente quiser, pode mudar o
final", sempre o poder e a política do cotidiano em que todos se ajudam
pelo poder da palavra.
Lucinda autora de
livros como A Lua que menstrua, Sósia dos sonhos, O Semelhante, Eu te amo e
suas estreias, A Menina Transparente, Coleção Amigo Oculto, Contos de Vista, A
Fúria da Beleza, Parem de falar mal da rotina, A Dona da Festa e Fernando
Pessoa, o Cavaleiro de Nada e Aviso da lua que menstrua, reflete: "Cada
palavra dita, antes de dizer, homem, reflita....Sua boca maldita não sabe que
cada palavra é ingrediente que vai cair no mesmo planeta panela. Cuidado com
cada letra que manda pra ela", encerrou.
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