O promotor de justiça
Herbert Figueiredo, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de
São Luís, recebeu, nesta quinta-feira, 10, a visita do secretário municipal de
Agricultura, Pesca e Abastecimento de São Luís (Semapa), Liviomar Macatrão. No
encontro, o secretário solicitou o apoio institucional do Ministério Público ao
projeto Alimento Seguro para melhorar as condições higiênico-sanitárias da
venda de produtos de origem animal nas feiras e mercados de São Luís.
Dentro desse projeto,
especificamente, há o enfrentamento ao abate de frangos dentro de mercados e
feiras, o que contraria a legislação sanitária e recomendações do Ministério
Público e da Prefeitura.
“É um problema histórico,
mas nós estamos imbuídos do propósito de dar uma solução para esse problema,
até porque ainda vivemos um momento de pandemia. Nós estamos combatendo esse
abate irregular, principalmente, nos mercados que foram reformados e estão com
estruturas físicas mais modernas e que devem atender bem os consumidores”, disse
o titular da Semapa.
Presente na reunião, a
superintendente de Defesa e Inspeção Sanitária da Semapa, Alessandra Pontes,
informou que, inicialmente, foi feito em 2021 um trabalho de conscientização
junto aos feirantes, orientando sobre os perigos para a saúde pública que a
venda de produtos de origem animal pode causar se não forem adotados os
protocolos sanitários.
“Os produtos precisam de
registro para conferir segurança aos consumidores, garantindo que passaram por
todos os requisitos e possuem as condições higiênico-sanitárias ideais para o
consumo humano”, pontua a superintendente.
Alessandra Pontes cita
algumas doenças que podem ser causadas pelo frango como a gripe aviária,
salmonelose e várias zoonoses que podem ser transmitidas, o que exige cuidados
dos feirantes e da população.
O promotor de justiça
esclareceu que instaurou, em 2018, um inquérito civil para averiguar a
existência de abatedouros irregulares de frangos dentro das feiras e mercados.
No andamento da investigação, foram relatadas denúncias de moradores e usuários
desses espaços incomodados pelo mau cheiro e dejetos colocados a céu aberto,
colocando em risco a saúde pública e desobedecendo as normas de vigilância
sanitária.
Também já foram
realizadas várias audiências públicas com gestores de saúde, representantes da
Vigilância Sanitária, Semapa e feirantes, mas as partes não chegaram a um
acordo. “O procedimento está concluso para ajuizarmos a Ação Civil Pública para
obrigar os responsáveis para evitar essa prática”, informou.
O membro do Ministério
Público afirmou que serão organizadas vistorias e inspeções nas feiras e
mercados, com a adoção de medidas pertinentes contra quem estiver infringindo a
legislação sanitária. Além disso, deverá ser editada Recomendação para
respaldar as ações da Semapa, Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) e
da Vigilância Sanitária Municipal.
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