SÃO LUÍS – Mobilidade urbana na zona rural é tema de escuta social promovida pelo MPMA

 




O Ministério Público do Maranhão, por meio da Promotoria de Justiça Distrital da Zona Rural, realizou nesta quinta-feira, 14, na Associação Comunitária de Horticultores e Hortigranjeiros da Mata de Itapera, uma escuta social para receber demandas de moradores da Zona Rural de São Luís a respeito da mobilidade urbana.

O tema foi definido como uma das prioridades da área, no ano passado, em audiência pública para instalação da Promotoria. As outras duas demandas prioritárias são educação e infraestrutura.

Coordenada pelo titular da Promotoria Distrital, Albert Lages Mendes, a audiência contou com a participação de representantes das Secretarias Municipais de Trânsito e Transporte de São Luís (SMTT), de Educação (setor de Transporte Escolar), da subprefeitura da Zona Rural, líderes comunitários e da co-vereadora Raimunda Oliveira, que integra o Coletivo Nós. Convidada, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) não compareceu.

Segundo o promotor Albert Lages, o objetivo da atividade foi ouvir a comunidade e promover a interlocução com os órgãos públicos competentes. “Com as discussões dos problemas elencados, iremos pensar estratégias mais efetivas para solucioná-los e encaminhar para os responsáveis”, informou.

PROBLEMAS URGENTES

Rosana Mesquita, moradora do bairro Taim, considera que, na oferta do transporte público, entre os problemas mais urgentes, estão a qualidade precária e a pouca quantidade dos ônibus, a falta de definição dos horários, que leva os usuários a se atrasarem para os seus compromissos, e a falta de segurança no interior dos veículos. “Mesmo com as nossas reivindicações constantes não temos respostas efetivas da SMTT. Esperamos que com a iniciativa do Ministério Público possamos ser atendidos com mais agilidade”, declarou.

A co-vereadora Raimunda Oliveira, residente no bairro Matinha, também ressaltou a importância da audiência no sentido de mediar as reivindicações da comunidade junto ao poder público e reafirmou a precariedade dos ônibus que servem a Zona Rural e cobrou mais atenção do Executivo Municipal sobre a questão. “São ônibus velhos, que muitas vezes param pelo meio do caminho; elevadores que não funcionam para atender os cadeirantes; a pouca quantidade de linhas e veículos; as estradas esburacadas e sem condições de tráfego. Precisamos ter nosso direito de ir e vir respeitado”, reclamou.

Diversas manifestações dos moradores exigiram da Prefeitura de São Luís a imediata implantação do serviço de transporte alternativo na Zona Rural, a exemplo de Enilde Cardoso, da Vila Colier, e Máxima Pires, do Rio dos Cachorros. A medida, que já foi aprovada em lei da Câmara de Vereadores, seria uma forma de atender a população das localidades em que ônibus e vans não circulam.

Nesse item, os técnicos da SMTT presentes – Paulo Andrade e Eduardo Fernandes – informaram que o município está realizando os estudos para a implantação do serviço alternativo de transporte na Zona Rural.

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