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Mulheres discutem sobre maternidade em evento que
integra a exposição Trapiche #07
Ser mãe é a mesma coisa
para todas as mulheres? De acordo com pesquisadoras maranhenses que estudam o
tema, diversas condições são negadas para que a mulher negra exerça essa
maternidade.
O assunto foi pauta da
roda de conversa 'Mulher negra na maternidade', que aconteceu na terça-feira (15),
às 17h, e fez parte da exposição Ocupação Trapiche #07 composta pelas mostras
'Divina Presença', de Silvana Mendes e 'Meu nome não é mãe', de Sunshine
Santos, em cartaz na Galeria Trapiche Santo Ângelo, equipamento de cultura da
Prefeitura de São Luís, até o dia 15 de junho, com visitação das 14h às 19h.
A galeria está
localizada na Praia Grande, em frente ao Terminal de Integração.
As ações formativas
como a roda de conversa movimentam a exposição, explica a diretora da Galeria
Trapiche, Camila Grimaldi. "Este tipo de atividade torna as mostras um
lugar vivo, onde conceitos e preconceitos são debatidos. E falar da mulher
negra na maternidade é relevante porque, historicamente, o povo negro foi muito
subjugado e ainda hoje tem seus direitos subtraídos", destaca.
A roda de conversa
contou com a participação da professora doutora Francilene Cardoso,
coordenadora do grupo de estudos Marielle Franco de Feminismos Negros, do
departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da
pesquisadora Grace Kelly Souza, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA.
A mediação foi de
Sunshine Santos, estudante de Turismo na UFMA, que está com a foto-instalação
"Meu nome não é mãe" em cartaz como parte da Ocupação Trapiche #07.
"Precisamos
discutir além da compreensão biológica, as dimensões sociais, econômicas e
culturais da maternidade. A ativista francesa Simone de Beauvoir afirmou que
ninguém nasce mulher, mas torna-se. Isso significa que a maternidade é uma
prática social. Então, que maternidade queremos? Uma que não negue os direitos
das mulheres", enfatiza.
A pesquisadora Grace
Kelly Souza, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA, afirma que este tipo
de discussão está presente principalmente em ambientes acadêmicos e de
militância de direitos. "É necessário que este debate alcance também as
famílias, a escola, o trabalho e demais espaços sociais, a fim de que as
barreiras institucionais que a mulher negra que é mãe sofre para estudar e
trabalhar sejam combatidas", frisa.
EXPOSIÇÃO
Duas mostras
fotográficas inéditas foram abertas simultaneamente na Galeria Trapiche,
equipamento cultural da Prefeitura de São Luís, com temas referentes ao mês de
maio: Maternidade e Festa do Divino Espirito Santo.
Ambas compõem a
exposição Ocupação Trapiche #07. Tratam-se de 'Divina Presença', de Silvana
Mendes e 'Meu nome não é mãe', de Sunshine Santos. A visitação está aberta até
o dia 15 de junho, das 14h às 19h.
Agendamentos para
visitas guiadas com alunos podem ser feitos nas segundas e quartas-feiras, das
14h às 18h.
Outras informações
pelos números (98) 99193-4362 e 99143-2178, ou pelo e-mail: galeriatrapicheslz@gmail.com.
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