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Idosas atendidas pela Prefeitura na Casa do Bairro
aprendem a confeccionar azulejos em papel
Mãos habilidosas
transformando o papel para criar diversas formas de azulejo, elemento
referencial da arquitetura de São Luís. Essa é a proposta da oficina Azulejos
de Papel, realizada pela Prefeitura como parte da programação que faz
referência ao Dia do Patrimônio Municipal, celebrado nesta quinta-feira (6),
quando completam 21 anos do título concedido pela Organização das Nações Unidas
para Educação, a Ciências e a Cultura (Unesco) à capital maranhense.
O aprendizado reuniu
cerca de 30 idosas na Casa do Bairro, equipamento social implantado pela gestão
do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e que funciona no Centro Histórico da
capital.
Durante a semana, foram
promovidas atividades envolvendo as diversas faixas etárias, com o objetivo de
reunir as pessoas e oportunizar o conhecimento sobre o Centro Histórico e
também a história da cidade, pontuou o presidente da Fundação Municipal de
Patrimônio Histórico (Fumph), Aquiles Andrade. Ele ressaltou a importância da
oficina para "levar os moradores a redescobrir e até trabalhar a produção,
recriação artística do Centro Histórico".
As participantes
integram as atividades da instituição e na oficina ampliaram seus conhecimentos
sobre a capital Patrimônio Cultual da Humanidade. "É importante que estas
pessoas, que são moradores do Centro a mais de 30 anos e têm participação
efetiva na construção da memória oral da região, venham participar de
atividades deste tipo e passem por este processo de fortalecimento da
identidade cultural", pontuou o presidente da Fumph.
A oficina é coordenada
pelos artistas plásticos Rosana Carvalhal Martins, mais conhecida como Babula,
e Sidney Colins. Durante o processo de aprendizado, as alunas treinam os dotes
artesanais na criação de peças de azulejo em papel machê, a partir de um molde.
Segue a pintura das peças e transformação em itens de decoração e uso pessoal
como chaveiros, imãs de geladeira, quadros, porta-trecos e outros.
A técnica, que é o
mesmo nome da oficina, foi desenvolvida pela artista plástica Babula, em 2006 e
as criações expostas em mostras na capital, em São Paulo e em Portugal,
rendendo à artista indicação a prêmio nacional de arte.
"É uma satisfação
realizar essa oficina e repassar um conhecimento que considero importante para
a memória e valorização da nossa história, pois trata dos azulejos de São Luís.
A receptividade foi muito boa e espero que elas possam, desse aprendizado,
criar e conhecer mais dessa rica história", reforça Babula.
Aos 60 anos, a dona de
casa Conceição de Maria Paixão sempre se integra às atividades artísticas da
Casa do Bairro. Há mais de um ano que participa e elogiou a iniciativa da
oficina. "É um conhecimento que vou levar para minha casa. Dá para fazer
uma bela decoração, dá para presentear e ainda, se a gente quiser, dá para
ganhar um dinheiro extra. Eu gosto de trabalhos artesanais e sempre que aparece
alguma oportunidade, eu venho participar", destacou ela, que pintava as
peças para transformar em chaveiros.
A aposentada Elza
Cândida da Fonseca, 78 anos, já realiza trabalhos artesanais e vê nestas
oportunidades a chance de interagir e conhecer novas pessoas. "Sou muito
ativa, gosto de fazer artesanato e essa oficina está sendo muito importante
para mim. Gosto muito destas atividades e gosto de fazer novos amigos",
destacou. Das peças que criou ela vai transformar em quadros e chaveiros.
A programação inclui
ainda o Caminhos da Memória, realizado na manhã desta quinta-feira (6), que
consiste de passeio guiado pelo Centro Histórico da capital, oportunidade na
qual um grupo passeia pelos principais pontos históricos da cidade. Voltado
para estudantes, na ocasião eles conhecem um pouco mais da história local e as
peculiaridades que rendaram a São Luís o título de Patrimônio Cultural da
Humanidade
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