Aumento de 7,5% passou a valer em 7 de janeiro para os
ônibus da capital paulista (Caio Palazzo/VEJA)
A Justiça de
São Paulo pediu suspensão imediata do aumento
da tarifa de ônibus na capital paulista. A decisão em
caráter liminar foi expedida na noite de quarta-feira 13.
“Não há parâmetro legal
ou contratual para o reajuste”, disse a juíza Carolina Martins
Clemêncio Duprat Cardoso, da 11ª Vara da Fazenda Pública, determinando a
suspensão imediata do reajuste.
A tarifa na capital
paulista passou de 4 reais para 4,30 reais em 7 de janeiro. Com o aumento, a
integração passou a custar 0,52 centavos a mais, passando de 6,96 reais para
7,21 reais.
“Como o Município não
demonstrou haver embasamento contratual para o reajuste atacado, nesta fase
inicial conclui-se não haver respaldo fático ou legal para se determinar os
reajustes de tarifa”, diz a decisão. A suspensão da tarifa foi pedida pela
Defensoria Pública do Estado.
“Defiro liminar tão
somente para determinar a imediata suspensão dos efeitos da Portaria SMT
189/2018, restabelecendo as tarifas anteriormente vigentes, atendendo-se,
assim, o artigo 21 do Decreto-lei 4.657/42”. A juíza deu um prazo de 10
dias para a Prefeitura de São Paulo apresentar os documentos solicitados.
Procurada, a Prefeitura
não se manifestou até a publicação.
A liminar suspende apenas
o aumento de tarifas nos ônibus da capital. Metrô e os trens da CPTM, que
tiveram o mesmo reajuste neste ano, não estão citados na decisão.
Maior que a inflação
O aumento das tarifas foi
de 7,5%, mais que o dobro da inflação acumulada em 2018, que ficou em 3,75%. Na
época da revisão de tarifas, a gestão Bruno Covas (PSDB) disse que que o sistema
está deficitário pela falta de reajustes em 2016 e 2017 e um aumento abaixo da
inflação em 2018.
“Por dois anos, em 2016 e
em 2017, a tarifa não sofreu qualquer reajuste, mantendo-se no valor de 3,80
reais, impactando significativamente o orçamento da Prefeitura. Em 2018, houve
um aumento abaixo da inflação, elevando o valor para R$ 4,00”, afirmou a gestão
Covas, citando o que chamou de “desequilíbrio do sistema”.
Veja, Com Estadão
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