O presidente Jair
Bolsonaro disse hoje (7) durante a inauguração da Ponte do Abunã, que
liga o Acre a Rondônia, que, com a conclusão da obra, o custo do transporte
para o Acre reduzirá em 5%. Na oportunidade, Bolsonaro voltou a criticar o
fechamento de comércios, como medida de combate à pandemia, e disse que, se
necessário, usará as Forças Armadas para garantir “respeito, ordem e justiça” à
população.
“Estamos unindo o Acre ao
resto do país. Vocês que construíram a ponte não pararam durante a pandemia.
Meus parabéns a vocês. O Brasil não pode parar”, disse.
“O presidente da
República não receará de tomar uma decisão. Se baixar decreto, todos cumprirão
porque o decreto nada mais é que uma cópia do Artigo 5º da Constituição. O ir e
vir, a liberdade e o direito à crença e ao trabalho são sagrados”, reafirmou o
presidente.
“Não se justifica, depois
do que passamos, fechar qualquer ponto do Brasil. Aquele que abre mão da
liberdade por segurança não tem, no futuro, nem liberdade nem segurança. Todos
nós preferimos morrer lutando do que perecer em casa”, acrescentou.
Bolsonaro disse que seu
governo jamais colocará o Exército nas ruas para manter as pessoas em casa.
“Minha Marinha, meu Exército e minha Aeronáutica jogam dentro das linhas da
Constituição. Não admitiremos aqueles que querem jogar fora das quatro linhas
da nossa Constituição”.
Dirigindo-se à plateia
que acompanhava a inauguração da ponte do Abunã, o presidente disse que
militares e brasileiros farão de tudo para garantir a liberdade no país. “O que
vocês querem é muito pouco: respeito, ordem e justiça. Meu dever como chefe
supremo das Forças Armadas e chefe do Executivo é garantir esse direito de
vocês. E podem ter certeza, se cada um de nós, militares aqui presentes,
juramos dar nossa vida pela nossa pátria, vocês, que são o grande exército
brasileiro, farão de tudo, até a própria vida, para garantir a sua liberdade”.
Bolsonaro aproveitou o
evento para criticar também as recentes invasões de terras promovidas pela Liga
dos Camponeses Pobres (LCP), em Rondônia. “LCP, se prepare. Não ficará de
graça, no barato, o que vocês estão fazendo. Não tem espaço aqui para
terroristas. Nós temos meios de fazê-los entrar no eixo e respeitar a lei”,
alertou o presidente.
Ponte do Abunã
A ponte inaugurada hoje é
uma reivindicação antiga da população local. Localizada no encontro dos rios
Madeira e Abunã, no distrito de Vista Alegre do Abunã (RO), em Porto Velho, a
ponte tem 1.517 metros de extensão e recebeu investimentos de mais de R$ 160
milhões. A obra ligará o Acre e Rondônia ao restante do país e, no futuro,
ajudará a interligar o Brasil ao Oceano Pacífico.
Durante a cerimônia de
inauguração, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que
o custo para se fazer a travessia do Rio Madeira em balsas era de R$ 200. “Isso
ficará no passado. Essa ponte é um sonho realizado para muita gente”, disse.
“Vencemos um gigante. O
Rio Madeira é novo e rebelde como todo jovem”, disse o ministro, ao lembrar ter
visto uma primeira versão da ponte quando estava ainda na prancheta. “Em 2014,
com a enchente que atingiu o estado, vimos que tínhamos de aumentar a altura, e
o projeto teve, então, de mudar”, lembrou ao justificar a prorrogação do prazo
para a entrega da obra.
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