PGJ e secretário Murilo Andrade assinaram termo |
O Ministério Público do
Maranhão e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) firmaram,
nesta quinta-feira, 14, termo de convênio para inclusão de mão de obra
carcerária na confecção de bens e serviços demandados pelas promotorias de
justiça e demais órgãos ministeriais.
Assinaram o termo o
procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, e o secretário de Administração
Penitenciária, Murilo Andrade. O ato foi acompanhado pelo promotor de justiça
Marco Aurélio Batista Barros, integrante da Assessoria Especial da PGJ e
gestores da Seap.
Serão utilizadas na
produção dos bens e serviços as oficinas de trabalho gerenciadas pela Seap,
entre elas produção de blocos de concreto, pavimentação, reforma de espaços
públicos, produção e montagem de móveis planejados, serralheria, confecção de
itens de malharia e serigrafia, sem prejuízo de outras posteriormente
implantadas.
Os internos do regime
semiaberto do sistema penitenciário poderão trabalhar em serviços e locais
designados e mantidos pelo Ministério Público. Ao assinarem o acordo, os
gestores do MPMA e da Secretaria explicaram que a finalidade do convênio é
inserir internos em ciclos produtivos de trabalho e renda, para viabilizar a
ressocialização, capacitação profissional, inclusão social e remição da pena. A
medida dá cumprimento à Lei de Execução Penal e à Política Começar de Novo.
Após a assinatura do
convênio, a convite do secretário Murilo Andrade, o procurador-geral de justiça
visitou as instalações da fábrica de móveis que são produzidos pelos internos,
localizada na própria sede da Seap, no bairro da Vila Palmeira.
Entusiasmado com o projeto,
Eduardo Nicolau pediu dados sobre as ações já realizadas para levar ao
conhecimento do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Nacional
dos Procuradores-Gerais de Justiça. Também anunciou que todo o mobiliário das
promotorias de justiça e outras unidades do Ministério Público do Maranhão
utilizará o trabalho da mão de obra carcerária.
DADOS SOBRE A MÃO DE OBRA
CARCERÁRIA NO MA
Segundo dados da Seap,
atualmente, há mais de 3 mil internos inseridos no trabalho externo e interno.
São 54 oficinas de trabalho para realização dessas atividades de trabalho,
entre as quais fábricas de blocos de concreto; fábrica de móveis em mdf;
fábrica de reforma de conjuntos escolares; lavanderia em parceria com a Lençóis
Maranhenses; fábrica de estofados em parceria com a Spumaflex; malharia e
serigrafia; padaria.
Até o primeiro semestre
de 2021, a Seap inaugurou 25 fábricas de blocos, resultando em 40 fábricas em
todo o estado. Mais de 600 internos fazem parte da frente de trabalho
produzindo, diariamente, cerca de 50 mil blocos.
Já foram desenvolvidos
trabalhos em parceria com órgãos públicos, como a Agência Executiva
Metropolitana (AGEM), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Defensoria
Pública do Estado (DPE).
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