As propostas apresentadas destacaram diretrizes para ampliação do acesso à Política de Assistência junto a esta população
O Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), com o apoio da Secretária Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDES), comandada por Suely Abreu- discutiram conjuntamente com atores sociais, representantes da sociedade civil e movimentos de luta pela garantia de direitos da população LGBTQIA+ em Paço do Lumiar, propostas e encaminhamentos para serem apresentadas à plenária durante a 11ª Conferência Municipal de Assistência Social de Paço do Lumiar.
O evento aconteceu na manhã desta terça-feira (20), no Auditório do Centro Administrativo da Prefeitura de Paço do Lumiar. Além de ser o momento apropriado para que esse público seja ouvido, a pré conferência visa alinhar propostas a partir dos anseios, projetos e ideais, que representem essa pluralidade que compõe a população LGBTQIA+.
“Enquanto Poder Público, nós participamos deste processo do mesmo modo como sempre estivemos presente em tudo que diz respeito aos gays, lésbicas, homens e mulheres trans, assexuais e toda a gama de pessoas que compõem essa parcela dos luminenses. Participamos de maneira leve, respeitosa, e com a certeza de que eles precisam ser enxergados como cidadãos de direito”, sintetizou a secretária.
Para a Mirella Thatyelle Silva (62), travesti, que participou das discussões, representando o Grupo Construindo Igualdade Travestis, Transexuais e Homens Trans (GCITTH) do Maranhão, com sede em Paço do Lumiar, a população LGBTQIA+ sofre não apenas com o preconceito, mas, também com a invisibilidade, dificuldade de atendimento especializado, falta de oportunidades e inclusão em todos os âmbitos socias.
“Ainda é muito difícil pra uma pessoa LGBTQIA+, por exemplo, terminar seus estudos, ir para uma faculdade. Isso devido a vários fatores, inclusive por conta de serem expulsos de casa, na maioria das vezes muito jovens, e serem expostos e empurrados para a marginalidade”, contextualizou ela.
Exatamente por chamar a atenção diretamente para estas questões, também presente no evento, o Pr. Aurino Gonçalves, da Igreja Inclusiva Nova Vida, localizada na Cohab, em São Luís. O pastor parabenizou a iniciativa da escuta antecipada. “Não é possível falar de mim sem mim! Ou seja, nos ouvir quanto público alvo, fortalecer as discussões e definir as políticas que serão implantadas dentro do município”, disse o religioso, alegando que o exemplo deveria ser seguido em outros municípios.
Esse encontro é o sexto evento preparatório para a conferência municipal que acontece no próximo mês, mais especificamente no dia 6 de julho. Os eventos também já foram realizados para escuta de outros cinco grupos distintos (adolescentes, idosos, mulheres, pessoas com deficiência, e dos povos e comunidades tradicionais e matriz africana).
A próxima e última escuta antes do evento macro, já tem data definida para o dia 27 deste mês, e se destinará aos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
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