Da Agência Brasil
A Parada do Orgulho
LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) de Copacabana teve o
projeto de captação de recursos via Lei do Imposto Sobre Serviços (ISS)
aprovado pela Secretaria de Cultura do Município do Rio de Janeiro.
Inicialmente, o projeto
para a realização do evento em 2018 havia sido reprovado "por deixar de
incluir o programa de mitigação do impacto ambiental", segundo a
secretaria.
Após a reprovação, o
Grupo Arco-Íris, organizador da parada, teve um prazo para submeter um novo
projeto e recebeu a autorização para captar apoio privado de cerca de R$ 895
mil.
A decisão foi publicada
ontem (31) no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro. Ao patrocinar o
evento, empresas sediadas no Rio de Janeiro podem abater parte do valor devido
em ISS à prefeitura.
O diretor
sócio-cultural do grupo LGBT, Júlio Moreira, lembrou que a aprovação não é
garantia de que o dinheiro será obtido, já que depende do engajamento de
empresas privadas.
O grupo ainda negocia apoios
para a Parada de 2017, que também pôde captar recursos via ISS e Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual.
"Algumas empresas
sinalizaram [o apoio]. Inclusive as que apoiaram a Parada de São Paulo",
disse o diretor, que garante que a Parada será realizada com ou sem recursos, por ser um
protesto que reivindica respeito à diversidade sexual e de gênero.
A captação de mais
recursos, entretanto, pode ajudar na elaboração de uma agenda mais extensa.
"Tem uma série de atividades que nós realizamos. Mostras de filmes, feira
cultural, shows de drags", adianta.
Neste ano, o Grupo
Arco-Íris também planeja organizar uma corrida de 5 km (quilômetros) entre a
orla do Leblon e a concentração da Parada, na Praia de Copacabana.
A ideia ainda depende
da captação de recursos, mas a intenção é que a corrida termine por volta das
11h, pouco antes do início da manifestação. A Parada está marcada para o dia 15
de outubro, um domingo.
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