O ex-ministro Antonio
Palocci cumpria pena na Superintendência da Polícia Federal no Paraná
- Agencia Brasil/arquivo
O ex-ministro Antonio
Palocci deixou a prisão em Curitiba por volta das 15h30 de hoje (29) e foi
encaminhado à Justiça Federal para colocar a tornozeleira eletrônica. A
informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Superintendência da
Polícia Federal no Paraná, onde Palocci estava detido. O ex-ministro cumprirá
agora prisão domiciliar.
Ontem (28), o Tribunal
Regional Federal da 4ª Região julgou apelações da defesa do ex-ministro. Por
maioria, os desembargadores autorizaram a saída da carceragem para
ficar em prisão domiciliar. No regime definido pelos magistrados, o réu terá
que usar tornozeleira eletrônica.
A Oitava Turma também
definiu a redução de pena do ex-ministro. Ele havia sido condenado a 12 anos,
dois meses e 20 dias, mas os desembargadores optaram por diminuir a punição
para nove anos e dez dias.
O julgamento da
apelação começou em outubro, mas o desembargador Leandro Paulsen pediu vistas e
a análise foi retomada nessa quarta-feira (28). A decisão levou em consideração
a delação premiada celebrada pelo réu com a Polícia Federal e homologada pela
Justiça, na qual apresentou informações sobre o caso e esquemas de propina com
a Petrobras.
Palocci diz que Lula Sabia de tudo |
O conteúdo da delação
foi liberado dias antes da votação do primeiro turno das eleições pelo então
juiz da 13ª Vara Federal, Sérgio Moro. Nela, Palocci disse que o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento da corrupção na Petrobras.
Palocci foi condenado
em 2017 por participação em esquema de corrupção no qual teria beneficiado a
Odebrecht em contratos com a Petrobras envolvendo a construção de embarcações.
A denúncia que originou o processo foi elaborada no âmbito da Operação Lava Jato.
Segundo o Ministério Público Federal, o ex-ministro também teria gerido
propinas para o PT, com repasses para outras pessoas, inclusive em contas no
exterior.
Marcelo Odebrecht |
O ex-ministro foi preso
preventivamente ainda em 2016 e ficou detido na carceragem da Polícia Federal
em Curitiba. Além dele, o caso envolveu outros 13 réus, entre eles o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque,
os marqueteiros João Santana e Monica Moura e executivos da Odebrecht, entre
eles o então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht.
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
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