Cheques foram apreendidos em operação
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O Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público
do Maranhão, e a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção
(Seccor), da Polícia Civil, cumpriram mandado de busca e apreensão, na manhã desta
quinta-feira, 21, nos escritórios da empresa Promotora Bom Jesus e nas
residências dos proprietários Francinete de Sousa Dantas e Francisco Alves
Pereira e da funcionária Samara da Silva dos Santos.
Os escritórios e as
residências estão localizados nos municípios de Timbiras e Coroatá. Foram
apreendidos cartões bancários, computadores, celulares, contratos de
empréstimos, documentos pessoais, entre outros itens.
De acordo com a
investigação, os envolvidos contraíram, nos meses de agosto a dezembro de 2018,
empréstimos financeiros em nome de pessoas idosas, com desconto em
conta-corrente, sem autorização ou solicitação das vítimas. Com base nos
depoimentos, é estimado um dano financeiro acima de R$ 65 mil.
Gaeco coordenou operação
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Pelo MPMA,a operação
foi coordenada pelos promotores de justiça do Gaeco, em parceria com a
Promotoria de Justiça de Timbiras.
EMPRÉSTIMOS
Os investigados se
aproveitaram do interesse dos idosos em obter informações sobre possível
empréstimo, para efetivar o negócio, sem que as vítimas, de fato, autorizassem.
Francisco e Samara
acompanhavam os idosos às agências bancárias ou postos de atendimento do
Bradesco e do Banco do Brasil, alegando que eles teriam direito a sacar
determinada quantia. Na ocasião, utilizavam caixas eletrônicos para contratar
empréstimos na modalidade de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e consignados,
além da utilização do limite do cheque especial e realização de aplicações
financeiras e títulos de capitalização vinculados às contas bancárias das
vítimas.
À medida que os créditos eram disponibilizados nas contas-correntes, os investigados realizavam saques e transferências da maior parte dos valores para suas próprias contas.
Acreditando que as
quantias se tratavam de benefícios concedidos pelos bancos, as vítimas - a
maioria analfabeta ou com pouca escolarização - foram surpreendidas quando
perceberam o comprometimento integral de suas aposentadorias para custear as
prestações dos empréstimos e das operações.
INVESTIGAÇÃO
INVESTIGAÇÃO
Documentos foram apreendidos |
A operação teve como base inquérito civil instaurado pela Promotoria de Justiça
da Comarca de Timbiras, após denúncias das vítimas. Como forma de garantir o
ressarcimento do prejuízo, o MPMA também requereu o bloqueio dos valores das
contas bancárias dos investigados, o que foi deferido pelo Poder Judiciário.
O mandado de busca e
apreensão, executado pelo Gaeco e Seccor, foi autorizado pela Justiça da
Comarca de Timbiras.
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