Por Jean Gaspar
Moradores vão aproveitar a data para denunciar abandono por parte da administração municipal
Moradores vão aproveitar a data para denunciar abandono por parte da administração municipal
Moradores do conjunto
Zumbi dos Palmares, em Paço do Lumiar vão comemorar nesta sexta-feira (5) 23
anos de fundação do bairro e 117 anos da morte do líder da Balaiada, Negro
Cosme, morto por enforcamento em setembro de 1942, no município de
Itapecuru-Mirim, região centro-oeste do Maranhão.
Segundo o ativista
político e militante de Direitos Humanos, Roberval Costa, os moradores vão
aproveitar a data para denunciar o descaso da administração municipal, que
parece não está nem aí para a população ao renegar o bairro ao mais completo
abandono.
“É uma data para se
comemorar e também para protestar, chamar a atenção para os problemas
enfrentados pelos moradores, vítimas do descaso do prefeito Domingos Dutra que
parece não está nem aí para o sofrimento da população”, acentuou.
De acordo com Roberval, a
coleta de lixo não vem sendo feita regularmente e o lixo se acumula nas ruas. A
iluminação pública é deficiente e as principais vias de acesso do bairro estão
intrafegáveis.
Ainda de acordo com
Roberval, inúmeros ofícios já foram protocolados na prefeitura solicitando
benefícios para o bairro, mas nenhuma providência foi tomada até agora pelo o
prefeito Domingos Dutra.
Caixa D'Água corre risco de desabar |
Ele alertou para o perigo
do desabamento de uma caixa D’água abandonada e próxima as residências por apresentar rachaduras em sua estrutura.
“É possível ver
claramente as rachaduras e os ferros das colunas que dão sustentação à caixa
aparecendo. Isso é indicativo que ela pode desabar a qualquer momento”,
alertou.
Como nasceu o bairro
Segundo o ativista
político e militante de Direitos Humanos, Roberval Costa, o conjunto Zumbi dos
Palmares é resultante de uma ocupação em 1996 de parte das casas abandonadas do
conjunto CohatracV por trabalhadores de diversos segmentos, que não possuíam
moradia.
O ativista relatou, que
logo após a ocupação, a empresa responsável pela construção das casas ingressou
na justiça com pedido de reintegração de posse. Uma liminar foi concedida e os
moradores retirados do local.
Mas por não terem para
onde ir permaneceram em uma área próximo ao conjunto e voltaram a ocupar as
residências logo após a polícia e oficial de Justiça deixarem o local.
Depois de meses de luta e
pressões de organismo de Direitos Humanos Internacionais o governo do Estado
resolveu destinar uma área denominada Vila Celeste no município de Paço do
Lumiar para assentar as famílias. As casas, de acordo com Roberval, foram
construídas em regime de mutirão.
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