O presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto, disse hoje (8) esperar uma maior abertura da
economia no segundo semestre deste ano, bem como uma recuperação maior do setor
de serviços, amplamente afetado pela pandemia de covid-19.
Contribui para esse
cenário o avanço “significativo” da vacinação no Brasil e também uma resiliência
maior das economias que, de alguma maneira, se adaptaram e sofrem impactos cada
vez mais suaves das medidas restritivas provocadas pelas diferentes ondas de
contaminação.
“A economia de alguma
maneira se adaptou a essa nova maneira de fazer as coisas, e acho que em grande
parte [essas mudanças] serão permanentes”, disse Campos, que fez também uma
exposição dos planos do banco para a modernização da economia e dos pagamentos.
Com o avanço da
vacinação, Campos Neto disse que pode acontecer no Brasil a mesma espécie de
“euforia” no setor de serviços que se observa em países com vacinação mais
avançada. Ele citou como exemplo os Estados Unidos, onde já há dificuldade para
se reservar um quarto de hotel ou reservar um carro para viagens próximas.
As declarações foram
dadas em inglês em uma apresentação, por videoconferência, para economistas do
banco JP Morgan. Campos Neto apresentou dados que são acompanhados pelo BC
sobre a pandemia e a reação das economias em países desenvolvidos e em
desenvolvimento.
Campos Neto reconheceu a
existência de uma pressão inflacionária em todo o mundo e que os preços de
insumos encontram-se em elevação, acompanhando a alta das commodities, mas
disse ver que começa a se desenhar uma curva de estabilização nos gráficos.
No Brasil, as projeção de
inflação seguem pressionadas, contudo, pela expectativa de alta no preço da
energia provocada pela crise hídrica, observou o presidente do BC.
Essa foi a última
manifestação de Campos Neto antes da próxima reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom), que está marcada para 15 e 16 de junho. Na ata da reunião
anterior, o colegiado sinalizou nova alta da taxa básica de juros, a Selic,
atualmente em 3,5% ao ano.
Da Agência Brasil
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