Grupo também pede que
China investigue origem do novo coronavírus
O G7, grupo dos sete
países mais industrializados do mundo, exigiu neste domingo (13) que a Rússia
tome medidas contra os que fazem ataques cibernéticos e usando ransomware a
partir do país. O ransomeware é um ataque que restringe o acesso ao
sistema infectado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em
criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido.
A reprimenda veio em um
comunicado emitido após uma cúpula de três dias entre líderes do G7 no Reino
Unido, que também pediu que Moscou "pare com seu comportamento
desestabilizante e atividades malignas" e conduza uma investigação sobre o
uso de armas químicas em território russo.
O comunicado diz que a
Rússia precisa "responsabilizar aqueles que, dentro de suas fronteiras,
conduzem ataques ransomeware, abusam de moedas virtuais para lavar
dinheiro e outros crimes cibernéticos".
A questão está sob os
holofotes após um ataque virtual ao Colonial Pipeline, maior tubulação de
combustíveis dos Estados Unidos, e outro que interrompeu as operações
norte-americanas e australianas do frigorífico JBS.
A nota do G7 pede ações
mais amplas contra ataques cibernéticos. "Pedimos que os estados
identifiquem e interrompam redes criminosas de ransomware que
operem de dentro de suas fronteiras e responsabilizem essas redes por suas
ações", diz o documento.
O pedido por investigação
sobre uso de armas químicas vem após o crítico do Kremlin Alexei Navalny ser
atendido na Alemanha, com médicos alemães informando que foi um envenenamento
com um agente nervoso de uso militar. Navalny acusa Putin de ordenar o
envenenamento, mas o Kremlin nega as acusações.
China
Os líderes do G7 também
repreenderam a China sobre os direitos humanos em Xinjiang, pediram que Hong
Kong tenha um alto grau de autonomia e exigiram uma investigação completa das
origens da covid-19.
Depois de discutir como
chegar a uma posição unificada sobre a China, os líderes emitiram um comunicado
final sobre questões delicadas para o país.
O presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, considera a China como maior rival estratégico e prometeu
enfrentar abusos econômicos chineses e reagir a violações dos direitos humanos.
"Promoveremos nossos
valores, inclusive apelando à China para que respeite os direitos humanos e as
liberdades fundamentais, especialmente em relação a Xinjiang e os direitos,
liberdades e alto grau de autonomia para Hong Kong", disse o G7.
"Também pedimos a
fase 2 de um estudo transparente, liderado por especialistas e baseado na
ciência sobre as origens da covid-19 na China", afirmou o grupo, que reúne
EUA, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e União Europia.
Antes que surgissem as
críticas do G7, a China alertou os líderes do G7 que os dias em que
"pequenos" grupos de países decidiam o destino do mundo já se foram.
O G7 também disse que
destacou "a importância da paz e da estabilidade em todo o Estreito de
Taiwan e encoraja a resolução pacífica dos problemas através do Estreito".
O G7 disse estar
preocupado com o trabalho forçado nas cadeias de abastecimento globais,
incluindo os setores agrícola, solar e de vestuário.
Pequim tem revidado
contra o que considera tentativas das potências ocidentais de conter a China, e
diz que muitas das principais potências ainda estão dominadas por uma
mentalidade imperial desatualizada, após anos humilhando a China.
Especialistas e grupos de
direitos humanos estimam que mais de um milhão de pessoas, incluindo uigures e
outras minorias muçulmanas, foram detidas nos últimos anos em um vasto sistema
de campos em Xinjiang.
A China nega as acusações de trabalho forçado ou abuso. No começo, negou que os campos existissem. Depois, disse que eles são centros vocacionais projetados para combater o extremismo.
Da Agencia Brasil com informações da Reuters
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