Promotor Felipe Boghossian defendeu a Tese de Feminicídio |
O condenado não aceitou o fim do relacionamento e por isso matou com requintes de crueldade a ex-companheira
Em sessão do Tribunal de
Júri de Balsas, em 20 de outubro, o autor do feminicídio de Sandra Cristina de
Sousa, o agricultor Miguel Francisco de Oliveira foi condenado a 23 anos, oito
meses e dez dias, a serem cumpridos em regime fechado. O crime ocorreu na noite
do dia 19 de fevereiro, no bairro Setor Industrial, na referida cidade.
Os jurados acolheram as quatro qualificadoras defendidas pelo promotor de justiça Felipe Boghossian Soares da Rocha. Proferiu a sentença o juiz Tonny Araújo.
Na Denúncia oferecida em
8 de março, o representante do MPMA requereu a condenação de Miguel Oliveira
por feminicídio por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou
a defesa da vítima.
CRIME
Aproximadamente às 19h30 do dia do crime, Miguel Oliveira desferiu golpes de
faca, pedaço de madeira e blocos de concreto contra Sandra Sousa, que foi a
óbito.
No final de janeiro,
Sandra havia decidido se separar de Miguel, com quem conviveu por 16 anos. O
filho dela presenciou uma discussão quando ela comunicou para Miguel que queria
o fim do relacionamento. Miguel não aceitou se separar.
Para evitar discussões, o
filho de Sandra pediu que ela fosse para Pernambuco. Ela aceitou, mas retornou
a Balsas no dia do crime porque queria resolver a situação com o condenado.
Por volta das 19h do dia
do crime, Sandra, o filho dela e Miguel estavam jantando quando ela falou
novamente a Miguel que queria o fim do relacionamento. Também informou que
voltaria a morar em Recife. Na ocasião, Miguel parecia calmo. Como não
presenciou nenhuma discussão, o filho da vítima saiu de casa.
Imagens das câmeras de
monitoramento da residência mostram que Miguel aproveitou a ausência do filho
dela e atacou, desferindo diversos golpes em Sandra.
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