Em Paço do Lumiar e São
José de Ribamar, as equipes de manutenção da BRK Ambiental, empresa responsável
pelos serviços de água e esgoto nestes municípios, realizaram cerca de 1.200
atendimentos para desobstrução de redes de esgoto, uma média de 3,5
atendimentos por dia, retirando ao todo 1.150 toneladas de lixo – problema
causado pelo descarte irregular de resíduos na rede de esgoto por parte da
população.
Um dos maiores vilões é o
óleo de cozinha. Mas também são encontrados itens como papel higiênico, fraldas
descartáveis e absorventes, roupas, medicamentos, materiais de construção e até
balões de festa de aniversário.
Os materiais são
responsáveis pela obstrução das redes coletoras e provocam o retorno do esgoto
para dentro dos imóveis e rompimento de tubulações dimensionadas para receber
apenas o efluente.
Segundo o Gerente de
Operações da BRK Ambiental no Maranhão, Lineu Machado, a rede de esgoto é um
equipamento público responsável por coletar, afastar e transportar apenas o que
sai de banheiros, pias e lavanderias. “Essa água ‘suja’ deveria chegar até as
estações de tratamento com as bactérias e dejetos que já estão previstos, no
entanto, as coletoras são tomadas por resíduos orgânicos, dificultando o
processo de tratamento e desviando ações das equipes que atuariam em
ocorrências como falta de água imprevista e vazamentos, para atividades de
desobstrução”, pontua ele.
O lixo no sistema de
esgotamento pode contaminar, além de animais, rios e mar, e assim a água que
retorna à população, sobretudo quando há presença de medicamentos. Além do
impacto causado pelo descarte incorreto de materiais sólidos, as dificuldades
encontradas na operação das ETEs estão diretamente relacionadas à ligação
irregular de águas pluviais com a rede coletora.
O sistema de esgotamento
local foi concebido considerando o separador absoluto, ou seja, a rede deve
receber apenas esgoto doméstico, e não está dimensionado para águas provenientes
das chuvas. O custo aproximado para a realização das desobstruções de rede de
esgoto em 2019 foi de R$1,3 milhões.
Essa realidade pode e
deve ser mudada através da conscientização das pessoas, com o simples ato de
não descartar indevidamente itens como esses que acabam obstruindo as redes do
sistema de esgotamento sanitário.
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