Com a alta do dólar, as
remessas de brasileiros que vivem no exterior para familiares no Brasil têm
batido recordes. Em setembro, foram registradas US$ 293 milhões de receitas de
transferências pessoais, segundo dados do Banco Central (BC). Esse foi o maior
volume para o mês de setembro, na série histórica, iniciada em 1995. Em setembro
de 2019, as transferências somaram US$ 248,6 milhões.
De janeiro a setembro
deste ano, foram US$ 2,407 bilhões enviados para o Brasil, crescimento de 11,6%
em relação a igual período de 2019. Segundo o chefe do Departamento de
Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o dólar mais caro faz com que o dinheiro
convertido em reais no Brasil represente um volume maior de recursos. Ele diz
que isso pode incentivar os brasileiros no exterior a mandarem mais dólares
para o país.
“Como a pessoa no exterior
que está mandando para seus parentes no Brasil sabe que aquela mesma quantidade
de dólares que manda sempre vai representar uma quantidade maior, pode ter um
incentivo para aumentar esse fluxo em dólares”, disse, ao apresentar o relatório das contas externas, na última
sexta-feira (23).
Por outro lado, a alta do
dólar desestimula o envio de recursos do Brasil para o exterior. Em setembro,
essas transferências chegaram a US$ 128 milhões, queda de 18,9% na comparação
com o mesmo mês de 2019. No acumulado do ano até setembro, o valor chegou a US$
1,065 bilhão, recuo de 31,1% contra igual período de 2019.
Países de origem
A maior parte das
transferências que vêm para o Brasil são dos Estados Unidos. Esse setembro, o
volume chegou a US$ 147,2 milhões. Outros US$ 57 milhões vieram do Reino Unido,
US$ 17 milhões de Portugal, US$ 9,8 milhões da Espanha, US$ 7,7 milhões da
Itália e US$ 7,6 milhões do Japão.
Da Agência Brasil
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